Se o episódio passado foi eletrizante, muito foi prometido para o último episódio da temporada (ou season finale como se diz no jargão). Se toda a batalha da semana passada foi incrível, o que esperar do fechamento da temporada? Várias perguntas continuavam sem resposta: Dany recuperará seus dragões? Bran conseguirá escapar? Theon Greyjoy ficará impune? Tyrion está vivo? Tudo isso e muito mais no resto do post…
- Antes de qualquer coisa: esse foi um episódio cheio de cenas fortes e achei difícil escolher só uma imagem que sintetizassem os personagens e os acontecimentos em geral. Várias e várias poderiam ter sido as escolhidas, mas este sem dúvida foi o momento mais tocante da noite (que teve vários outros), então mesmo sendo mesmo spoiler, não havia outra escolha.
- Todos os personagens ainda vivos que apareceram nos créditos principais reaparecerão hoje, o que explica bastante alguns episódios em que pareceram “segurar a mão” para deixar as cenas finais para hoje, por mais que alguns só façam uma apariçãozinha rápida.
- Para alívio geral de todos, Tyrion está vivo (não, eles não matariam dois protagonistas em duas temporadas), e está sendo recepcionado por um vingativo Pycelle que quer mais é dançar o samba do troll na cara dele. Não, ele não é mais Mão do Rei, não, ele não está mais no poder, sim, no jogo dos tronos ele perdeu. Por sorte ele tem Pod, o escudeiro fiel, com ele, mas de resto… O poder se foi. O protagonista da temporada viveu sua ascensão em queda: o que ele fez para salvar o reino, a cidade e a família será esquecido pela história e agora ele está relegado a um cantinho. A percepção disso, na conversa com Varys, é uma cena doída de se assistir, ainda mais quando coroada com a aparição de Shae e uma cena muito forte: ela o chama para irem embora, ele recusa, ela escolhe ficar com ele e ele se esvai em lágrimas. Acabou o sonho. Não foi dessa vez.
- Na sala do trono, os vitoriosos da guerra são premiados (só senti falta de Ser Bronn of Blackwater) e uma proposta é feita: Margaery Tyrell deseja se casar com Joffrey Baratheon e unir as famílias – e quem adora muito tudo isso? Sansa Stark, mas sua alegria não dura muito tempo. Littlefinger a persegue para avisar que não, as coisas não serão tão simples assim, ou ela acha que ele perderá a oportunidade de se aproveitar dela? Mas ele, o sujeito mais creepy da série, está lá para ajudá-la…
- Varys por sua vez tenta atrair Ros, a proverbial puta ruiva, para sua rede. Pior que essa cena juntada com outra deste episódio me trouxeram um futuro desenvolvimento bem diferente do livro, mas que seria interessante de se ver na tela…
- O outro protagonista de temporada, na minha opinião, também tem o final que plantou e colheu. Theon Greyjoy ainda tem uma opção: fugir e ingressar na Night’s Watch, onde não farão muitas perguntas, mas ele teme a vingança de Jon Snow. Assim, motiva seus homens para a batalha vindoura, faz um belíssimo discurso sobre a guerra, sobre estarem vivos, sobre como deveriam se entregar à luta e… POF! Nem seus homens o aguentavam mais. E é isso. Ele pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão, mas não conseguiu convencer à família biológica ou ao povo das Ilhas de Ferro. E terminou sem quem realmente importava para ele, trilhando um caminho sem volta e sem perdão e sem respeito nenhum por quem quer que seja, simples assim. Um dos personagens mais detestáveis da série e o mais digno de pena, sem dúvidas (e uma atuação magistral de brinde).
- Brienne continua escoltando Jaime e agora eles passam por um pequeno contratempo: são descobertos por três soldados rasos Stark que mataram três mulheres. Os três são mortos implacavelmente pela guerreira, diferente do livro, no qual o primeiro assassinato dela requer páginas e páginas de mimimi, mas bem coerente com a personagem (eles não são soldados honrados, pois mataram três mulheres inocentes, e representam uma ameaça à sua vida e de seu prisioneiro) e mostra que nem todos os Starks são bonzinhos. Esperando muito mais desta dupla na temporada que vem.
- Stannis perdeu a guerra e tem a sorte de estar vivo e em casa. Ele parece perceber que matou o irmão seguindo os mandames de um deus desconhecido e de uma sacerdotisa estrangeira. Ela avisa que a guerra é assim mesmo (ela já viu muitas, não duvido que já esteja viva, ou não-viva, há algumas centenas de anos) – e quando ele tenta matá-la, em vão, ela o mostra o futuro nas chamas… e parece ser algo bem interessante de se ver.
- Achei que ficou faltando uma coisa no episódio: nenhuma palavrinha sobre o que aconteceu ao Davos? Nem uma ceninha de, sei lá, um minutinho dele acordando numa praia? Ou na série ele morreu pra valer, sendo que ainda há trabalho a ser feito pelo personagem?
- Robb e a Esquisita casando: zzzzz. Para piorar: ele vira pra mãe e “ó, vou me casar com a esquisita que conheci de bobs e que se dane o acordo político com lord Frey, ok? A gente manda uns bem-casados pra ele se for o caso”, ela tenta pôr um pouco de juízo naquela cabecinha ruiva, ele responde com “quem é você pra falar em juízo, lalala” e se casa assim mesmo. Ele REALMENTE acha que vai muito longe sendo um rei assim? O que o pobre maester Luwin andou ensinando pra esse menino nas aulas de política, sério? Ou ele ficava preocupado em trocar bilhetinhos com o Theon Greyjoy? Porque sério, é burrice demais, falta de noção demais… mas enfim.
- Arya conseguiu fugir (bom, no oitavo episódio da temporada o arco dela já estava resolvido, né) e agora está no ermo com seus amigos. Jaqen H’garr, o assassino misterioso, antes de se despedir dá a ela um souvenir e avisa que se quiser conhecer os Homens sem Face bastará entregá-la para alguém de Braavos. Quem sabe assim ela poderá se vingar de quem deseja, ele avisa, antes de mudar de rosto e de identidade e seguir com seus afazeres…
- Continuando o destino dos Starks, Bran e Rickon fogem por uma Winterfell em chamas e encontram o agonizante maester Luwin, que lhes conta todos os últimos acontecimentos e aconselha que fujam, encontrem Jon e fiquem em segurança. Para os meninos, mais uma figura querida que se vai (mas de quem eles ao menos podem se despedir) e a casa destruída que não os protege mais, uma dessas cenas de embaçar os olhos de tão emocionante. E uma aparição dos lobos, também (olha, eles ainda existem)…
- A Casa dos Imortais fez muitos puristas arrancarem a calcinha pela cabeça e sapateá-la, mas vamos lá: primeiro, não dava para recriar o clima de LSD com cogumelos da passagem do livro na série, dado o tempo e os recursos disponíveis. Segundo, está aí uma sequência que em narrativa soa boa, há tempo de várias explicações preliminares, o que não acontece aqui. Terceiro, a cena no livro é extremamente visual e aqui traria 1) spoilers indesejados e muito óbvios; 2) um dodecilhão de informações de background para explicar ao leitor de última hora (do tipo: quem é Rhaegar mesmo?); 3) informações que podem ser passadas de outra forma em outras circunstâncias e que podem esperar mais tempo para vir à tona (SE É que a profecia realmente precisa, ao menos na série de TV, por exemplo).
- Mas indo às cenas em si, um Trono de Ferro em ruínas e com a neve caindo sobre ele… O inverno chegou, afinal. Saindo de lá, a Muralha, e numa barraquinha aos pés dela, Khal Drogo (\o/) e Rhaego, o bebê (COISA MAIS LINDA GOSTOSA MORDÍVEL) deles. Impossível impedir uma lágrima solitária nesse momento, em seu momento sonho-despedida-delírio, e talvez simbolismo: o inverno, a morte aos pés da Muralha e que, quem sabe, o Trono de Ferro não é *exatamente* o que ela mais quer (ou que o trocaria por uma vida tranquila com seu amado marido e seu filho) ou quando ela consegui-lo, já não terá importância/sentido. (fora que para certos teóricos da conspiração, várias dicas estão lá para quem quiser ver… bebê Targaryen de cabelos negros incluso :P).
- Por fim, a revelação de que o feiticeiro
roubousequestrou os dragões porque, além de arma de guerra, eles, como criaturas mágicas, fazem com que seus poderes se intensifiquem. E não poderia deixar de dizer: como os dragõezinhos são lindinhos! Como a CG ficou bem feita! Só a parte do DRACARYS! que poderia ter ficado um pouco melhor, mas não prejudicou. - Para Dany, a temporada terminou parecida com a passada: os traidores foram punidos (Xaro Xhoan Daxos e sua aia Doreah) e Daenerys segue como grande conquistadora, partindo com o que resta de seu povo para tentarem, quem sabe, um navio na próxima cidade visitada…
- Nessa hora achei que já tivessem esquecido do Jon, mas não. Ele e Qorin Halfhand seguem presos e o mentor o provoca para uma luta sangrenta. A única linha que merece crítica é essa: foi tudo muito rápido, para um não-leitor deu para perceber que foi tudo um plano para que ao menos um dos dois corvos saísse vivo dessa? Porque passou bem batido, bem provocando o Jon do nada para ativar seu modo Jonjonzinho Floquinho (que GRAÇAS AOS DEUSES ANTIGOS E AOS NOVOS parece que se foi nessa temporada) e ser morto. Após matar um aliado, nosso floquinho chega aos domínios do Rei Além da Muralha…
- Por fim, a cena final. A CENA FINAL!!!!!!!!!!!! Sam, Pyp e Edd fazem seu trabalho procurando adubo para acender fogueiras, papeiam sobre banalidades e ouvem – PÁ!, um sopro. – PÁ!, dois sopros. – PÁ!, três sopros. O que só pode significar uma coisa: corram por suas vidas!
- Sam não tem um excelente preparo físico e fica para ver… UM EXÉRCITO DE ZUMBIS E WHITE WALKERS MARCHANDO PARA A MURALHA O__________________O. Um dos Outros lança a ele um olhar de desprezo e segue reto (o Sam ainda está vivo, né, né, NÉ?????) e o exército de criaturas macabras segue para seu destino final. ARREPIANTE!!!!! Nossa, ficou indescritivelmente bom, assustador, agonizante, de novo estão perdoados por não terem mostrado os lobos e os dragões esse tempo todo! Fechou com chave de ouro a temporada e olha que seria difícil ser mais incrível do que a temporada passada! Esse ano vai demorar a passar, quero mais episódios, necessito mais episódios!!!
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Até a próxima!
E não se esqueçam: ainda vai ter o fechamento geral da temporada, quarta ou quinta-feira, então voltem para debatermos com mais calma!
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