Às vezes o valor de uma leitura leve é subestimada: não existe escolha melhor quando se está cansada, estressada, madrugando num aeroporto e sem saber a que horas seu voo vai sair,se sair (a história dessa viagem por si mesma daria uma obra de ficção, mas enfim). Então, ao invés de um denso livro de contos de Alice Munro, e mesmo sem lá muito saldo na conta, era melhor continuar a ler essa saga, já que a curiosidade, como sempre, matou o gato.
Não posso negar que me diverti bastante com o primeiro volume da saga e estava mesmo curiosa pela continuação, mas, além da companhia em momentos de tédio profundo e incertezas abissais, o livro mais me aborreceu do que qualquer outra coisa. Não consigo me identificar com Marrentinha, a protagonista, que continua a andar por aí em sua cidade-prisão distópica fazendo as coisas mais estúpidas possíveis e que não possuem nem mesmo a desculpa de plot device, já que dava para fazer a trama andar de mil e uma outras formas. Ao menos não apareceu nenhum triângulo amoroso, algo que é quase sempre irritante em youngs adults que não estão focados no romance, mas em qualquer outra questão que envolva a vida da protagonista (que sempre sempre sempre é The Chosen One).
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